O que é assustador nesse caso da criança Marina de 8 anos
na França é o fato de que todas as evidencias de abuso infantil estavam
visíveis, mas nenhum profissional ou instituição enxergou: as ausências na
escola, não foram consideradas relevantes, os vizinhos silenciaram-se, “os
pais de Marina, particularmente manipuladores encontravam uma explicação para tudo (se ela
come lanches de outras pessoas, é porque ela é bulímica, se tiver inchado o rosto, é uma conjuntivite muito reativo, etc.) Suas palavras são raramente questionada”. Na noite de sofrimento que levou à morte
da criança, em agosto de 2009 (privação de refeições, banho de água
fria à noite, espancamentos,
insultos, isolamento à noite no porão). Quando no hospital, na frente de seu pequeno tamanho, especialmente o rosto, que carrega as marcas de abuso, e atraso
no desenvolvimento, os médicos procuram uma doença rara.
O caso é novamente tornado público por ocasião da
Conferência Nacional de Proteção das Crianças, na França, em
30 de Junho e 1 de Julho 2014. É
possível novas resoluções quando todo um sistema de proteção falha. Que dizer
das crianças no Brasil e em todos os países do mundo?
Os pais foram condenados a 30 anos de prisão em 2012.
Importante ressaltar que crianças
e adolescentes “têm o reflexo de
proteger os seus pais”, mesmo que
esses sejam seus abusadores. Se os adultos não elaboraram, resinificaram,
os abusos dos quais foram vítimas, como vão enxergar no outro algo que não
capazes de enxergar em si próprios? Lembramos então a experiência do reflexo
espelhar.
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