Um
documentário sensível, que revela a tragédia do povo Saharaui, exilado em
seu próprio país, o Marrocos, na região do Saara Ocidental e que sobrevive
quase que exclusivamente do auxílio de ONGs pela doação de
mantimentos, remédios. Estão há 40 anos à margem da sociedade, esperando a
pacificação do território, esperando pela paz, pela solidariedade de todos
no planeta. “Esquecidos” e lembrados nesse belo documentário. Homens e
mulheres de almas esperançosas.
27 de maio de 2015
24 de maio de 2015
O caminho é sem apego
A
realização através dos estudos é expandir dia após dia
A
realização através do Caminho é simplificar dia após dia
Simplificando
e simplificando mais
Até
alcançar a não-ação
Na
não-ação não há o que não possa ser feito
Apoderar-se
do mundo é permanecer através da não-atividade (o sem apego)
Ao surgir
a atividade
Já não é
mais suficiente para apoderar-se do mundo
TAO TE CHING - O Livro do
Caminho e da Virtude - Lao Tse - Tradução do Mestre Wu Jyn Cherng
21 de maio de 2015
A Caminho da Psicanálise...
As
palavras que defendem os interesses, as ideias dos homens de uma determinada
época são muitas vezes marcadas pela vaidade, arrogância, e interesses
egoístas. Há cem anos, as palavras que representavam a necessidade de
construção de uma ciência do inconsciente, eram as mesmas que revelavam esses
instintos rasteiros de seus construtores. Afinal eles pertenciam à humanidade.
Os atores desse palco há cem anos eram Freud, Bleuler, Adler e Jung. As
relações nem sempre foram amistosas e as divergências transcendem a ciência,
pois diz respeito ao que supostamente era insuportável na concepção teórica de
cada um. Se Freud “venceu” foi em um ambiente hostil e beligerante. O que Freud
descobriu, muito tempo depois de infindáveis batalhas, é que estas eram de
caráter subjetivo, pois todo discurso por maior rigor científico que contenha é
subjetivo, pois o sujeito que analisa os dados, é o sujeito que fala. Embora
muitos foram os métodos para tratamento dos sofrimentos psíquicos: a terapia de
eletrochoques, o “método catártico”, a passagem pela hipnose à associação
livre, ainda se requer muito estudo longe de egos vaidosos e narcisista e muita
humildade para compreensão dos
sofrimentos psíquicos.
Na
associação livre o conflito e os fatores desencadeantes “devem ser trazidos
para o primeiro plano na análise”. A atenção do sujeito é conduzida para os
eventos traumáticos, observando os sintomas e investigando os conflitos
existentes. As associações facilitam o retrocesso e articulação das lembranças,
e dos sonhos de forma retroativa a um tempo passado onde encontra-se a fonte do
sofrimento. Constitui-se então, a repressão como uma barreira, a ser trabalhada
na relação de transferência, tão importante no resultado terapêutico, pois
requer empatia, acolhimento, escuta “fina” e interpretação construída de forma
dialética analista-paciente. Os sonhos estão submetidos à flexibilidade da
barreira da repressão. “A
teoria da repressão é a pedra angular sobre a qual repousa toda a estrutura da
psicanálise” (p.26). É a
resistência que se opõe ao trabalho da análise e se apresenta como “falha de
memória”. Essa amnésia é a atividade mental inconsciente. O binômio resistência
e transferência é o movimento ondulatório dos sintomas. A resistência da
eclosão do reprimido compõe o sistema de defesa psíquica, que se revela nos
sintomas.
É
necessário olhar o passado remoto, pois é o único caminho para andar pela
frente, pois lá estão as fantasias, as representações e os fatos traumáticos,
das experiências sexuais, os abusos, as escolhas objetais, as perdas, danos e
lutos. É fundamental um olhar sobre os sonhos, pois as memórias ai reveladas
são muito pouco estudadas, mesmo porque são como um quebra-cabeça a ser
“decifrado”. E isso só é possível “olhando
as mesmas coisas repetidas vezes até que elas comecem a falar por si mesmas” (p.32). A aplicação da psicanálise
desde sua concepção esteve voltada não só a questão da neurose, mas também das
psicoses e seu mecanismo psíquico. A questão do “retorno do reprimido”. A
psicanálise vem revelar a dinâmica das relações incestuosas, os sintomas
patológicos e como se articula com a estrutura psíquica normal.
Expressar
as emoções subjacentes de forma facilitadora é uma arte. E é com essa
dificuldade que Freud expõe sua decepção em relação a Jung, uma relação intensa
que terminou de forma dolorosa, como havia de ser: “Essa posição, que fora de início
ocupada por mim, dado o meu acerto de quinze anos de experiências, devia ser
agora transferida para um homem mais jovem, que então, naturalmente, ocuparia
meu lugar após a minha morte. Esse homem só poderia ser C. G. Jung, uma vez que
Bleuler era de minha própria geração; tinha a seu favor dotes excepcionais, as
contribuições que já prestara à psicanálise, sua posição independente e a
impressão de firme energia que sua personalidade transmitia. Além disso,
parecia estar disposto a entrar num bom relacionamento pessoal comigo e, em
consideração a mim, a abrir mão de certos preconceitos raciais que alimentara
anteriormente. Eu não tinha, na ocasião, a menor ideia de que apesar de todas
essas vantagens a escolha era a mais infeliz possível, que eu havia escolhido
uma pessoa incapaz de tolerar a autoridade de outra, mais incapaz ainda de
exercê-la ele próprio, e cujas energias se voltavam inteiramente para a
promoção de seus próprios interesses. Isso, e nada mais, foi o que esperava
alcançar com a fundação da “Associação Psicanalítica Internacional” (p.52). Um discurso subjetivo, reflete uma
relação mestre-discípulo, pai-filho. Assim as lutas, disputas, vaidades colocam
esses homens, que supõe-se com suas questões internas apaziguadas, em lados
opostos de forma beligerante, com dificuldade de suportar suas verdades.
Na
história da psicanálise muitas foram e continuam sendo as divergências
existentes entre os psicanalista: de Bleuler, Freud, Adler, Jung, Winnicott, Lacan, Francoise
Dolto, Melanie
Klein, embora todos se autodenominem freudianos. Então mais uma vez
o desapontamento de Freud, como diz ele “tivesse
sido evitado se eu tivesse prestado mais atenção às reações de pacientes sob
tratamento analítico. Sabia muito bem, naturalmente, que qualquer pessoa, ao
primeiro contato com as realidades desagradáveis da análise, pode reagir
fugindo; eu próprio sempre havia sustentado que na compreensão da análise, cada
indivíduo é limitado por suas próprias repressões (ou antes, pelas resistências
que as sustentam) de modo que não pode ir além de um certo ponto em sua relação
com a análise. Mas eu não esperava que alguém que houvesse alcançado certa
profundidade na compreensão da análise pudesse renunciar a essa compreensão e
perdê-la. E, no entanto, a experiência cotidiana com pacientes havia
demonstrado que a rejeição total do conhecimento analítico pode ocorrer sempre
que surge uma resistência especialmente forte em qualquer profundidade da
mente. Às vezes conseguimos, depois de muito trabalho, fazer com que um
paciente aprenda algumas partes do conhecimento analítico e possa lidar com
elas como posses suas, e mesmo assim podemos vê-lo, sob o domínio da própria
resistência seguinte, lançar tudo o que aprendeu às urtigas e ficar na
defensiva como o fez nos dias em que era um principiante despreocupado. Tive de
aprender que a mesmíssima coisa pode acontecer tanto com psicanalistas como com
pacientes em análise” (p.57). Isso
revela o quanto é difícil o autoconhecimento o autodomínio e a sublimação dos
instintos primitivos (ambição, vaidade, egoísmo, arrogância). Pensar em quanto
foi difícil para Freud é pensar que uma parte de suas dificuldades foram
expurgadas por um câncer na garganta, que o consumiu.
Obedecer
às exigências do ego, que manipula a repressão, pois a doença oferece uma
vantagem primária ao ego, como origem do sintoma e uma vantagem secundária na
persistência do sintoma. A eliminação da vantagem constitui-se em um mecanismo
de cura. Sem o sistema de repressão na arquitetura psíquica estruturada há
muitas gerações e repassado a cada geração para que a civilização mantenha a
repressão funcionando, na medida em que reprime os instintos primitivos a serem
elaborados no percurso da humanidade, significa simbolicamente renunciar ao
inacessível que é a mãe e renunciar ao pai interior no interesse da civilização
tornando o sujeito independente. A doença é assim o primeiro item de realidade
com o qual o sujeito deve lidar. E assim expõe Freud suas esperanças e nossas
também, “que a sorte
proporcione um caminho de elevação muito agradável a todos aqueles que acharam
a estada no submundo da psicanálise desagradável demais para o seu gosto. E
possamos nós, os que ficamos desenvolver até o fim, sem atropelos, nosso
trabalho nas profundezas” (p.73).
Esse trabalho das profundezas, da leitura do inconsciente, de seus mecanismos,
pouco avançou nos últimos cem anos, muito há que descobrir pesquisar, alargar
os horizontes estreitos dos preconceitos para que sejam possíveis novos
paradigmas e cortes epistemológicos.
Referência
FREUD, S. A HISTÓRIA DO MOVIMENTO PSICANALÍTICO (1914-1916). Obras Completas de
Psicanálise - volume XIV. Rio de Janeiro, Imago-1996.
18 de maio de 2015
Freud e a Autoanálise
“Numa carta a Fliess de 14 de novembro de 1897 (1950a Carta 75),
escreveu: “Minha autoanálise continua interrompida e eu percebi a razão. Só
posso me analisar com a ajuda de conhecimentos obtidos objetivamente (como os
de um estranho). A verdadeira autoanálise é impossível: não fosse assim, não
haveria doença (neurótica). Uma vez que ainda encontro enigma em meus
pacientes, eles forçosamente servirão de empecilho a minha auto análise.” De
modo semelhante, perto do fim de sua vida, numa breve nota sobre paraplexia
(1935b), observou a passagem: “Na auto análise, o perigo da incompletude é
grande. A pessoa logo se satisfaz com uma explicação parcial, por trás da qual
a resistência pode facilmente estar retendo algo que é talvez mais importante.”
Pode-se ver contradição e isso nas palavras cautelosamente lisonjeiras
com que prefaciou um artigo de E. Pickworth Farrow (1926) apresentando as descobertas
de uma autoanálise” (Freud, 1926).
“Em todo caso, quando se trata de uma análise de formação ele se
coloca claramente em favor da necessidade da análise por outra pessoa.”
(1914-1916, nota de rodapé p. 30)
13 de maio de 2015
Sándor Ferenczi
"Não
muitos anos após sua publicação (em 1900), A Interpretação de Sonhos caiu nas
mãos de um jovem médico de Budapest que, embora fosse neurologista, psiquiatra
e especialista em medicina legal, estava avidamente em busca de novos
conhecimentos científicos. Ele não foi muito adiante na leitura do livro; muito
cedo jogou-o de lado — se por tédio ou repugnância, não se sabe. Pouco depois,
porém, a invocação de novas possibilidades de trabalho e descoberta levou-o a
Zurique e, de lá, foi conduzido a Viena a fim de encontrar o autor do livro que
um dia, com desprezo, deixara de lado. Essa primeira visita foi sucedida por
uma longa, íntima e até hoje imperturbada amizade, no decorrer da qual também
efetuou a viagem aos Estados Unidos, em 1909, a fim de pronunciar conferências
na Universidade Clark, em Worcester, Mass."
"Esses
foram os começos de Ferenczi, que, desde então, se tornou, ele próprio, mestre
e professor de psicanálise e que, no presente ano, 1923, completa igualmente o
quinquagésimo aniversário de seu nascimento e a primeira década de sua
liderança da Sociedade Psicanalítica de Budapest."
"Ferenczi
repetidas vezes também teve um desempenho nos assuntos externos da psicanálise.
Será lembrado seu aparecimento no Segundo Congresso Analítico, de Nuremberg, em
1910, onde propôs e ajudou a realizar a fundação de uma Associação
Psicanalítica Internacional, como meio de defesa contra o desprezo com que a
análise era tratada pela medicina legal. No Quinto Congresso Analítico, em
Budapest, em setembro de 1918, foi eleito presidente da Associação. Indicou
Anton von Freund como secretário e não há dúvida de que a energia combinada dos
dois homens, juntamente com os generosos planos de doação de Freund, teriam
transformado Budapest na capital analítica da Europa, não tivessem as
catástrofes políticas e a tragédia pessoal posto um fim inexorável a essas
belas esperanças. Freud caiu enfermo e faleceu em janeiro de 1920. Em vista do
isolamento de contato da Hungria com o resto do mundo, Ferenczi renunciou à sua
posição em outubro de 1919 e transferiu a presidência da Associação
Internacional para Ernest Jones, em Londres. Pelo espaço de duração da
República Soviética na Hungria, foram atribuídas a Ferenczi as funções de
professor universitário e suas conferências atraíam multidões. A Sociedade
Filial, que ele fundara em 1913, sobreviveu a todas as tormentas e, sob sua
orientação, tornou-se um centro de trabalho intenso e produtivo; e
distinguiu-se por um acúmulo de capacidades, como não foram exibidas em
combinação por nenhuma outra sociedade filial. Ferenczi, que, como filho do meio
numa grande família, teve de lutar com um poderoso complexo fraterno,
tornou-se, sob a influência da análise, um irmão mais velho irrepreensível, um
professor bondoso e um promovedor de talentos jovens."
"Os
escritos analíticos de Ferenczi tornaram-se universalmente conhecidos e
apreciados. Foi somente em 1922 que suas Conferências Populares sobre
Psicanálise foram publicadas por nossa Verlag (casa editora), como o volume
XIII da ‘Internationale Psychoanalytische Bibliotek’. Essas palestras, claras e
formalmente perfeitas, às vezes escritas de forma deveras fascinante, oferecem
o que é de fato a melhor ‘Introduction
to Psycho-Analysis’ para aqueles que não estão familiarizados com
ela. Ainda não existe uma compilação (alemã0) de seus escritos médicos
(psicanalíticos) puramente técnicos, dos quais certo número foi traduzido para
o inglês por Ernest Jones. A
Verlag cumprirá essa tarefa
assim que tempos mais favoráveis o tornem possível. Aqueles de seus livros e
artigos que apareceram em húngaro, tiveram muitas edições e tornaram a análise
familiar aos círculos cultos da Hungria."
"A
realização científica de Ferenczi é impressionante, sobretudo em virtude de sua
multilateralidade. Além dos casos clínicos bem escolhidos e comunicações
clínicas agudamente observadas (‘A Little Chanticleer’ [1913a)], ‘Transitory
Symptom-Construction during the Analysis’ [1912a] e trabalhos clínicos mais
breves), encontramos escritos clínicos exemplares, tais como aqueles sobre
Wandlungen und Symbole der Libido [1913b] de Jung, sobre as opiniões de Régis e
Hesnard sobre a psicanálise [1915], assim como eficazes escritos polêmicos,
como aqueles contra Bleuler sobre o álcool [1911] e contra Putnam sobre a
relação existente entre a psicanálise e a filosofia [1912b], moderados e
dignos, malgrado seu caráter de resolução. No entanto, ao lado de todos esses
estão os trabalhos sobre os quais a fama de Ferenczi principalmente repousa,
onde sua originalidade, sua riqueza de ideias e seu domínio de uma imaginação
científica bem dirigida encontram tão feliz expressão, e onde ampliou
importantes seções da teoria psicanalítica e promoveu a descoberta de situações
fundamentais da vida mental: ‘Introjection and Transference’, incluindo um
debate da teoria da hipnose [1909], ‘Stages in the Development of the Sense of
Reality’ [1913c] e o seu exame do simbolismo [1912c]. Finalmente, há os
trabalhos desses últimos anos — ‘The Psycho-Analysis of the War Neuroses’
[1919b], Hysterie und Pathoneurosen [1919c] e, em colaboração com Hollós,
Psycho-Analysis and the Psychic Disorder of General Paresis [1922] (em que o
interesse médico progride das condições psicológicas para os determinantes
somáticos), e suas abordagens a uma terapia ‘ativa’."
"Por
incompleta que essa enumeração possa parecer, seus amigos sabem que Ferenczi
reteve até mais do que tenha sido capaz de resolver comunicar. Em seu
quinquagésimo aniversário, eles estão unidos para desejar que lhe possa ser
garantida força, lazer e disposição de mente, a fim de trazer seus planos
científicos à efetivação em novas realizações."
“Este
escrito da tradução inglesa, da autoria de James Strachey, parece ser a
primeira em inglês. Este trabalho apareceu pela primeira vez, sobre a
assinatura ‘Herausgeber und Redaktion (Editor
e Redação)’, como introdução a um número especial da Zeitschrift que comemorava o quinquagésimo
aniversário de Ferenczi.”
É
interessante a história relatada nessa introdução, a relação entre Freud e
Ferenczi e a dedicação desse último às descobertas cientificas, mesmo vivendo
uma história pessoal conflituosa e difícil, própria dos grandes mestres. “Filho
do meio numa grande família, teve de lutar com um poderoso complexo fraterno,
tornou-se, sob a influência da análise, um irmão mais velho irrepreensível, um professor
bondoso e um promovedor de talentos jovens”. Quase podemos afirmar, que
em todo grande estudo, há um ser humano mergulhado em muito sofrimento e que
esse estudo é uma forma sublimada de elaborar esse sofrimento.
Referência
FREUD, S. DR. SÁNDOR FERENCZI (EM SEU 50º ANIVERSÁRIO) (1923).
Obras Completas de Psicanálise - volume XIX. Rio de Janeiro, Imago-1996.
8 de maio de 2015
Pensando a estrutura tonal do inconsciente
Quando pensamos em o inconsciente e a música, há que lembrarmos de que a tonalidade exerce uma influência pouco estudada. Confúcio acreditava que a boa música poderia ajudar a aprimorar o caráter do homem. Disse ele:
“A música
do homem de espírito nobre, suave e delicada, conserva um estado d’alma
uniforme, anima e comove. Um homem assim não abriga o sofrimento nem o luto no
coração; os movimentos violentos e temerários lhe são estranhos. Mais do que
isso: uma vez que os indivíduos são os materiais básicos de construção da
sociedade, a música também poderia afetar nações inteiras, melhorando-as ou
piorando-as”.
No filme
Atravessando a Ponte (O som de Istambul) – Fatih Akin, faz um percurso pelo
mundo dos sons e começa por citar Confúcio: “Se alguém desejar saber se um
reino é bem ou mal governado, se a sua moral é boa ou má, examine a qualidade
da sua música, que lhe fornecerá a resposta. Para se entender a cultura de um
lugar você precisa ouvir a música que é feita ali”.
Como diz
“a musica sempre conta tudo sobre o lugar. Istambul é uma ponte para 72
nações”. A interessante na fala de Orham Gencebay de que “na música ocidental
são usados os compassos 2/4, 3/4, 4/4 em grupos de 3, por exemplo: 12/8 fica:
3, 3, 3... 3, 3, 3... 3, 3, 3... na Turquia usa-se o compasso 5/8: 1, 2... 1,
2, 3... é o que chamam de “acento turco”. 1, 2... 1, 2... 1, 2... 1, 2,
3... divide-se em 9 tempos. O ocidente é limitado em termos de sons, porque não
olha os sons do mundo”. Questão interessante, pois o oriente não se desvincula
da concepção filosófica que permeia a Ásia que são os escritos de Confúcio e
Lao Tsé, como se compreende os números e dessa forma como se divide as
tonalidades de forma que mantém a harmonia da melodia no sentido da harmonia
psíquica e espiritual. Importante ressaltar que a música no oriente é emotiva,
fala de sentimentos, que o ocidente compreende em uma concepção materialista.
Orham
Gencebay – um dos maiores astros da Turquia.
Instrumento
“Orhan Baba”.
Música: Hatasız Kul Olmaz
Hatasız Kul Olmaz Hatamla Sev Beni
Dermansız Dert Olmaz Dermana Sal Beni
Kaybettim Kendimi Ne Olur Bul Beni
Yoruldum Halim Yok Sen Gel De Al
Beni
Feryada Gücüm Yok Feryatsız Duy
Beni
Sevenlerin Aşkına, Ne Olur Beni Sev Beni
Bu Feryat Bu Hasret Öldürür Aşk Beni
Uzaktan Olsa Da Razıyım Sev Beni Razıyım Sev Beni
Ümitsiz Yaşanmaz Sevmemek Elde Mi
Can Demek Sen Demek Gel De Gör
Bende Mi
Sözümde Sitem Var Kalpte Mi Dilde Mi
Tez Elden Haber Ver O Gönlüm Elde Mi
Feryada Gücüm Yok Feryatsız Duy Beni
Sevenlerin Aşkına Ne Olur Sev Beni
Ninguém é sem falhas
Ninguém é sem falhas, ama-me com a minha culpa
Nenhuma tristeza é sem cura, dá-me a cura
Eu me perdi, por favor, me encontrar
Eu não tenho força vir e me levar
Eu não posso gritar me ouvir
Em nome dos amantes, por favor me ame
Este grito este desejo este amor me matar
Aceito se você ama de distância me ama
Não se pode viver sem esperança, é que é possível não amar
Coração significa que você, venha e veja se eu tenho ainda
Minhas palavras tem censura é no coração ou na língua
Por favor, informe rapidamente é que o coração em suas mãos
Eu não posso gritar me ouvir
Em nome dos amantes, por favor me ame
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