“Numa carta a Fliess de 14 de novembro de 1897 (1950a Carta 75),
escreveu: “Minha autoanálise continua interrompida e eu percebi a razão. Só
posso me analisar com a ajuda de conhecimentos obtidos objetivamente (como os
de um estranho). A verdadeira autoanálise é impossível: não fosse assim, não
haveria doença (neurótica). Uma vez que ainda encontro enigma em meus
pacientes, eles forçosamente servirão de empecilho a minha auto análise.” De
modo semelhante, perto do fim de sua vida, numa breve nota sobre paraplexia
(1935b), observou a passagem: “Na auto análise, o perigo da incompletude é
grande. A pessoa logo se satisfaz com uma explicação parcial, por trás da qual
a resistência pode facilmente estar retendo algo que é talvez mais importante.”
Pode-se ver contradição e isso nas palavras cautelosamente lisonjeiras
com que prefaciou um artigo de E. Pickworth Farrow (1926) apresentando as descobertas
de uma autoanálise” (Freud, 1926).
“Em todo caso, quando se trata de uma análise de formação ele se
coloca claramente em favor da necessidade da análise por outra pessoa.”
(1914-1916, nota de rodapé p. 30)
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