“Em essência, uma palavra é, em última análise, o resíduo
mnêmico de uma palavra que foi ouvida”.
No tempo presente essa palavra, angústia (Angst) é tão
repetida e sentida, que não é um tema fácil de falar tão pouco de refletir ou
discorrer sobre ele. A angústia é um afeto, uma descarga da pulsão, que traz em
si um elemento antecipatório “algo pode acontecer ou se repetir”. O objeto que
estava presente e que parecia ter desaparecido, reaparece, mesmo que seja com
outros significantes. Temos também vinculado ao termo angústia, o medo, pavor,
susto, sobressalto, ou seja, a sentimentos asfixiantes que imobiliza o sujeito
ou o faz reagir, como se estivesse em uma situação de perigo real, e muitas
vezes o estar. Como afeto não é recalcado. Podemos encontra-lo deslocado,
enlouquecido, invertido. O que é recalcado são os significantes que o amarram.
Falar de angústia é remeter às estruturas psíquicas de
defesa e assim há que iniciarmos falando de hereditariedade como
“determinantes” das estruturas psíquicas. Não remetemos aqui aos aspectos
biológicos, evidentes, mas aos aspectos psíquicos que compõe as passagens
transgeracionais. Quando um membro da família faz um sintoma de defesa é
possível que só ele o faça, mas há grandes possibilidades de outros fazerem não
os mesmos sintomas, mas semelhantes. Falar de hereditariedade nos processos
neuróticos, psicóticos, perversos, é falar de como cada membro da família
elabora a lei, o nome-do-pai. Portanto é possível que em uma mesma família
possa ser encontrado diversas estruturas, mas é da cultura, da essência do
humano, as afinidades. Assim a hereditariedade é determinada por circunstancias
e subjetividades muitas vezes difíceis de serem apreendidas, mesmo na presença
de situações traumáticas. Existem famílias mais vulneráveis do ponto de vista
hereditário. “A
existência de distúrbios nervosos adquiridos é tão viável quanto a de
distúrbios hereditários”. Por certo que não é tarefa fácil realizar diagnóstico
retrospectivo, muito menos diferencial, das “doenças ancestrais”. A pesquisa
com a hereditariedade biológica possui avanços significativos, mas quando se
trata da doença mental caímos no escopo do biológico e não do psiquismo. Há
padrões de comportamento, por exemplo, que se repetem entre gerações, seja por
afinidades, por ideal do ego, ou complexidades ainda não desvendadas. Mas é
comum ver em uma mesma família nuanças diferente de traços neuróticos,
psicóticos, perversos. Encontramos como nos lembra Freud: “membros de uma mesma família ser afetados pelos mais diversos
distúrbios nervosos, funcionais e orgânicos, sem que se possa descobrir
qualquer lei determinante da substituição de uma doença por outra ou da ordem
de sua sucessão entre as gerações. Ao lado dos membros doentes dessas famílias
há outros que permanecem saudáveis”; (Freud, 1896 p. 143 – 145). Não sabemos por
que uma pessoa tolera a mesma carga hereditária sem adoecer, ou por que outra
desenvolve esta ou invés
daquela outra estrutura de defesa. Como o acaso não existe e que a
hereditariedade não é determinante, há outras influências etiológicas
especiais. Na etiologia das neuroses vamos encontrar precondições, como causas
concorrentes, causas específicas, que sucumbem a hereditariedade, pois as
mesmas causas específicas, quando age em um sujeito saudável, não produz um
efeito patológico, mas em uma pessoa predisposta, sua ação pode provocar a
emergência de uma neurose, psicose etc. e o desenvolvimento poderá ser
proporcional em intensidade e extensão a precondição hereditária. No jogo de
forças entre a hereditariedade e as causas específicas uma pode substituir a
outra no que diz respeito a quantidade, ou seja pode ser que a carga
hereditária seja significativa, mas as causas e influencias específicas sejam
fracas, ou o contrário, ou as duas composições de quantidades serem significativas
e intensas.
A estrutura é desenvolvida ao longo de um tempo, que não é
possível identificar o começo, mas que se revela em sua complexidade na idade
adulta. Assim o distúrbio emocional pode advir de um processo de histeria, em
que os sintomas são físicos, conversão. Das obsessões, pelo deslocamento de
afeto dos objetos. Pelas psicoses, o delírio ou perversão, a transgressão.
Essas defesas se erguem no sentido de preservação do ego, mas uma preservação
que levada “as últimas consequências” pode
cindir ainda mais o ego já fragilizado, imprimindo uma perturbação na economia
do sistema nervoso. Devemos lembrar “que essas modificações patológicas
funcionais têm como fonte comum a
vida sexual do sujeito, quer residam num distúrbio de sua vida sexual
contemporânea, quer em fatos importantes de sua vida passada” (Freud, 1896
- p.148). Essas influencias que dizem respeito à sexualidade refere-se as
vivência do sujeito no mundo e suas formas de defesa. Como a angústia se revela
em cada uma delas é um enigma. Mas, nas neuroses os sintomas secundários de
“irritabilidade, estados de expectativa angustiada, fobias, ataques de medo e
de vertigem, tremores, suores, congestão, dispneia, taquicardia, diarreia
crônica, vertigem locomotora crônica, hiperestesia, insônia” (Freud, 1896 –
p.149 – 150), são evidências.
As vivências sedutoras que permeiam a sexualidade
infantil, “até a idade de 8 ou 10 anos, antes que a criança tenha atingido a
maturidade sexual” (Freud, 1896 – p. 151), deixam marcas mnêmicas na história
do sujeito, que retornam na idade adulta, como repetição. É fonte de prazer
que, pode ter sido sentida como desprazer, mas que se perpetua como conflito,
revelado na angústia, como traço psíquico despertado, tornando-o atual. É um
trauma sexual, ou de desagregação. Não ter encontrado no outro, o lugar do
desejo, que implique na lei, retorna. Se proporcionou gozo ou não, o que está
vinculado a estrutura a potencializa. O que é notório é que houve uma
“violação” do corpo infantil, possibilitando ansiedade e a angústia.
Por certo que a angústia vivenciada na idade adulta é um
resíduo mnêmico, muitas vezes tão bem guardado que dificilmente pode vir à
tona. Há que acalmar a angústia à aquilo que não pode ser revelado, por ser um
prolongamento de experiências remotas que dizem respeito a algum fracasso,
frustração, desagregação psíquica, ameaça física e psíquica, real ou
imaginária, não localização no desejo do outro, perda, etc. O aumento da tensão
física “atinge o nível do limiar em que consegue despertar afeto psíquico, mas,
por algum motivo, a conexão psíquica que lhe é oferecida permanece
insuficiente” (Freud, Rascunho E p. 238), não podendo ser significada,
transforma-se em angústia. Mas a angústia é um afeto mais amplo, pois está
vinculada a estímulos internos poderosos como o respirar, podendo ser uma
tensão acumulada, que ameaça o ego. Há muito ainda de enigma na angústia. Freud
revela sua angústia ao falar sobre ela:
“As lacunas precisam muito ser
preenchidas. Penso que tudo isso está incompleto: falta-me algo; mas creio que
os fundamentos estão corretos. Naturalmente, tudo isso ainda não está maduro
para ser publicado. Sugestões, ampliações e certamente refutações e explicações
serão recebidas com a máxima gratidão” (Freud, R – E, p.239).
Sigamos o nosso percurso de reflexão, na esperança de contribuir na compreensão
desse afeto tão presente no mundo adulto atual, mas com grande ênfase na
infância e adolescência, e que muitas vezes interfere na autonomia do sujeito.
Uma vez que a irritabilidade geral, expectativa angustiada, insônia, a
hiperestesia auditiva, uma hipersensibilidade ao ruído “um sintoma
indubitavelmente explicável pela íntima relação inata entre as impressões
auditivas e o pavor” (Freud, 1895 |1894 p. 95), está no cotidiano humano.
Podemos dizer que todos nós temos um “quantum de angústia”, que flutua a nossa
existência e que independe das vicissitudes da vida, controlando a escolha das
representações e ligando-se a conteúdos e objetos representativos importantes.
Vinculado a angústia está a ansiedade, sempre presente no psiquismo e que pode
irromper como angústia, podendo estar acompanhada de representações de ameaça,
de loucura, de extinção da vida, parestesia, distúrbio de funções corporais
como “respiração, atividade cardíaca, a inervação vasomotora, ou a atividade
glandular, Queixa de “espasmos do coração”, “dificuldade de respirar”,
“inundações de suor”, “fome devoradora”, “sentir-se mal”, “não estar à
vontade”, (Freud, 1895 [1894] p. 96).
Muitos são os sintomas, pelos quais a angústia se
manifesta através do sistema cardíaco e respiratório, em suas atividades
vasomotoras; palpitações, arritmia ou taquicardia, que pode causar lesões no
coração e distúrbios respiratórios. Dispneia, asma, e outros, tais como suor
excessivo, tremores gerais
ou em partes específicas do corpo, fome devoradora, vertigem, desmaio que pode
advir de colapso cardíaco, tonturas, diarreia, congestões, problemas gástricos,
vômito, náusea, sensação de mal-estar, pavor noturno, pânico, insônia, sensação
de peso nas pernas. Podem existir inúmeros sintomas físicos, que ainda precisam
ser estudados e sua relação com o psiquismo. A quantidade, intensidade da energia psíquica e as
pré-disposições psíquicas, as situações traumáticas
vivenciadas, são determinantes no desenvolvimento da angústia e no
estabelecimento desta, como angústia crônica com riscos fisiológicos gerais e
vulnerabilidades psíquicas maiores. As situações que impliquem em ameaça física
e de desagregação do ego de forma intensificada, geradora de angústia podem
desencadear diversas formas de fobias, acompanhadas muitas vezes de vertigem,
que é uma forma de retorno da lembrança da situação traumática, que emerge.
Assim uma representação torna-se repetitiva por está ligada a um afeto que é a
angústia em busca de escoamento.
As fobias ocupam um espaço, quando se fala de angústia,
pela incapacitação que muitas vezes desencadeiam e pelas medidas protetivas que
demandam, seja de que forma se estrutura o sujeito. A ilusão de uma relação
reflexa entre psiquismo e corpo é evidenciada na dificuldade em relacionar onde
começa e termina a dialética corpo-psiquismo. Se a angústia desencadeia uma
conversão dos sintomas, um deslocamento, ou uma alteração das representações,
pela alucinação, de acordo com a estrutura do sujeito, seja atingindo sensações
corporais como “grande número do que se conhece como indivíduos reumáticos,
aumento da sensibilidade à dor” (Freud, 1895 [1894] p. 100), é por que o
psiquismo está todo o tempo no comando. Há que considerarmos também a grande
influência da vida sexual e suas demandas: é conhecida a angústia dos
adolescentes, quanto à virgindade, dos recém-casados em satisfazerem o(a)
parceiro(a), os problemas com a ejaculação precoce ou a potência enfraquecida,
o “falhar”. A masturbação, o descuido do parceiro quanto à excitação feminina,
ou a excitação masculina não consumada, a angústia vivida no climatério seja
feminina ou masculina. Nesse sentido a energia que é acumulada estimula a
psique rompendo a “resistência da via de condução intermediária até o córtex
cerebral”, podendo expressar-se como um estímulo psíquico. Portanto:
“A psique é invadida pelo afeto de angústia quando se sente incapaz de
lidar, por meio de uma reação apropriada, com uma tarefa (um perigo) vinda de fora; e fica presa de uma
angústia quando se percebe incapaz de equilibrar a excitação vinda de dentro” (Freud, 1895 |1894 p.112).
O desencadeamento da angústia seja
interno, externo, ou em sua dialética, permeia
o sistema de defesa do sujeito alertando-lhe dos perigos que o rondam. O
aparecimento dos sintomas sejam de forma crônica ou como ataques,
principalmente nas parestesias “como auras”, as hiperestesias ou a dispneia, os ataques cardíacos, que
talvez tenham justificação orgânica, aproxima a angústia da histeria mesmo que
seja como traço. A questão é que o psiquismo não tem como responder de outra
forma que não seja pela angústia, gerando processos somáticos, que podem
tornar-se complexos.
As vivências da existência humana estão repletas de
sintomas de angústia, sejam nas neuroses, psicoses, perversões. De que forma se
expressa a hereditariedade, as vivências, os fatores sexuais difíceis de serem
elaborados psiquicamente, é a questão da complexidade das subjetividades, que
não podem ser compreendidas através de causas isoladas; são questões que exigem
uma escuta “fina”, uma interpretação que compreende o acolhimento, a
transferência e a resistência. O choque ou trauma psíquico, uma forte emoção ou
vivência, traumática, pode desencadear um “problema”, que esteja na
vulnerabilidade do sujeito, sendo o núcleo da angústia. Embora, qual choque ou
trauma é a questão, que muitas vezes o próprio sujeito não conseguirá decifrar,
na luta pela preservação de seu próprio ego; pois muitas são as situações que
se acumulam ao longo da vida. Muitos são os fatores que operam conjuntamente no
que diz respeito à quantidade e qualidade. Para que uma crise de angústia se dê
“de forma isolada” é necessário que exista fatores desencadeantes que pertençam
à subjetividade do indivíduo.
O quanto de angústia cada um pode suportar é da
constituição de cada sujeito. Por que Lacan na capa do Seminário 10, a angústia
tem o símbolo do infinito, permeado de formigas andando em fileiras?
Acreditamos que o infinito faz parte de nossas vidas e que angústia é muito
trabalhosa para cada um. O sentimento de angústia, como algo que há de vir, mas
que já veio e que se tem a expectativa de repetição. A intensidade diz respeito
ao medo de desagregação já vivenciado e que pode ser repetido. A angústia é um
sinal de retorno ou de um enfrentamento do real, daquilo que não foi
significado, que não entrou na rede de significante. Sinal de um desejo que não
encontrou no Outro a consciência de si. Nessa relação com o Outro há sempre a
interrogação por parte do sujeito, o que esse Outro deseja e que lugar ocupa
nesse desejo. Sinal de que ao participar do desejo do Outro como objeto,
mantém-se nessa posição em prejuízo do ideal do ego. Sinal de que no destino
dado à lei existem furos. A angústia é inerente a todo o existir humano e todos
a sentem de uma forma ou de outra, nesta ou naquela circunstancia.
Se falarmos de pulsão de vida e pulsão de morte, de forma
mecânica, não faz sentido. A questão é que somos seres dialéticos de vida e
morte, as duas condições nos habita. Essa é uma angústia, a qual não é possível
se extinguir. Mesmo que façamos a opção pelo materialismo ou pela metafísica, a
angústia estará presente, em cada concepção com seus significantes,
sublimações. A angústia existe no vazio da desagregação, quando não se encontra
eco de significante no real, quando na rede de proteção dos significantes,
estes encontram dificuldades ou não são possíveis de serem integrados. Vivemos
como um equilibrista como dirá Lacan (p.18). Esse afeto que é a angústia é um
sintoma, que diz respeito a um movimento que pode ser paralisante, se for de
inibição estará conosco em diversas situações na vida cotidiana enquanto
“captura narcísica”, ou nos eventos traumáticos. Quanto à “captura narcísica”
Lacan nos dirá: “O impedimento ocorrido está ligado a este
círculo que faz com que, no mesmo movimento com que o sujeito avança para o
gozo, isto é, para o que lhe está mais distante, ele depare com essa fratura
íntima, muito próxima, por ter-se deixado apanhar, no caminho, em sua própria
imagem, a imagem especular. É essa a armadilha” (p.19).
Quanto aos eventos traumáticos, é a reação catastrófica, que desencadeia a
angústia. Essa aparente distancia entre o evento, ou os eventos são sempre
revelados, por uma queda de pulsão, no que diz respeito ao movimento. Ou seja,
como responde a estrutura do sujeito. A angústia possui sempre algo de agudo,
de irreconciliável, seja qual for a estrutura que nos referimos, embora em uma
estrutura psicótica ou perversa ela apareça de forma periférica. Mas estará lá,
por mais distante que pareça.
Que a angústia possa se inscrever no campo do desejo; do
desejo do Outro, do significante, em relação à consciência de si, no desejo do
Outro enquanto defesa psíquica, física, ou estruturante, no desejo do Outro
enquanto lugar do significante, então, desagregação. A questão dessa
dependência é que ela é inconsciente. Está na ordem da falta, do que falta. O
Outro é que revela o que falta. Como todos nós somos marcados pela finitude,
havemos todos que nos aproximarmos da angústia. Seja pela inibição, que
paralisa, pelo sintoma que pode implicar em fuga. O que avisa o sujeito de que
há um perigo é a angústia. Há uma separação desde o nascimento. Há que
interrogar de que ordem e de que forma percorrerá a existência. Ela funciona
como um sinal de como o real se apresenta na experiência, ou se o sujeito é um
resto para o outro. Assim é da imagem e de um saber sobre si que se trata. Qual
é a angústia do humano? É a angústia pela cegueira quanto a seu destino, a
visão impossível que ameaça. Assim o que é buscado, procurado no outro é a
resposta sobre a própria essência do sujeito e o porquê de sua miserabilidade.
Mas que só é possível encontrar no saber sobre si. Não existem super-homens a
não ser no delírio, ou nos estados maníacos. Não evoluímos muito como nos
lembra Freud em Além do Princípio do Prazer, do nosso estado inicial de uma
compulsão a repetir os
fenômenos da hereditariedade, onde no exemplo que ele nos empresta sobre os
protozoários é tão ilustrativo. Nossa angústia é uma repetição de algo que nos
foi tirado ou nos falta. Isso é apenas em grau tênue, em que a explicação
histórica não pode ser desprezada e que pode colocar-nos acima do reino animal.
Referências
LACAN, Jacques – O SEMINÁRIO, Livro
10, A ANGÚSTIA (Introdução à
estrutura da angústia; A angústia entre o gozo e o desejo) - (1962 – 1963) –
Jorge Zahar Editor, 2005
FREUD, S. - A
HEREDITARIEDADE E A ETIOLOGIA DAS NEUROSES (1896).
Obras Completas de Psicanálise - volume VIII. Rio de Janeiro, Imago-1996.
FREUD, S. - RASCUNHO
E - COMO SE ORIGINA A ANGÚSTIA. Obras Completas de Psicanálise - volume I.
Rio de Janeiro, Imago-1996.
FREUD, S. - SOBRE
OS FUNDAMENTOS PARA DESTACAR DA NEURASTENIA UMA SÍNDROME ESPECÍFICA DENOMINADA
NEUROSE DE ANGÚSTIA (1895
[1894]). Obras
Completas de Psicanálise - volume III. Rio de Janeiro, Imago-1996.
FREUD, S. - INIBIÇÃO,
SINTOMA E ANGÚSTIA,. Obras
Completas de Psicanálise - volume XX. Rio de Janeiro, Imago-1996.
FREUD, S. - RESPOSTA
ÀS CRÍTICAS A MEU ARTIGO SOBRE A NEUROSE DE ANGÚSTIA (1895). Obras
Completas de Psicanálise - volume XX. Rio de Janeiro, Imago-1996.