“A constelação – por que não, no sentido que dela falam os
astrólogos? -, a constelação original que presidiu ao nascimento do sujeito, ao
seu destino e quase diria à sua pré-história, a saber, as relações familiares
fundamentais que estruturam a união de seus pais, mostra ter uma relação muito
precisa, e talvez definível por uma fórmula de transformação, com o que aparece
como o mais contingente, o mais fantasístico, o mais paradoxalmente mórbido de
seu caso, a saber, o último estado de desenvolvimento de sua grande apreensão
obsedante, roteiro imaginário a que chega como se fosse à solução da angústia
ligada ao desencadeamento da crise”.
“A constelação do sujeito é formada na tradição familiar pelo
relato de um certo número de traços que especificam a união dos pais”.
“Eis portanto como se apresenta a constelação familiar do sujeito.
O relato dela vai saindo, fragmento por fragmento, durante a análise, sem que o
sujeito estabeleça qualquer ligação com o que quer que seja que aconteça de
atual” (p. 19-21). Jacques Lacan – O Mito Individual do Neurótico
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